Para Hoje - Mestrado

Olá Pessoal,

Vim escrever porque toda semana é a mesma coisa, eu não quero trabalhar!!!

Estou fazendo mestrado e sou infeliz lá, e considero lá meu trabalho porque recebo para estar lá, logo tenho que fazer 20h semanais no Programa de Pós-Graduação.
Quando comecei o mestrado acreditei que iria ser maravilhoso, me mudei de cidade e resolvi encarar meu novo espaço. Eu tinha muitas ideias positivas a respeito do mestrado, todas elas baseadas nas relações que eu vivi enquanto bolsista de iniciação científica do mestrado da minha cidade.
Para meu desespero, quando cheguei em Porto Alegre me deparei com um local onde o que importa é produzir, desse modo, todos são concorrentes entre si, e só os mais resistentes, como eu, sedem espaço para a busca de relações de amizade.
Enfim, estou no mestrado, sou uma das pessoas que menos produz e acreditem o que eu produzo já me gera muito sofrimento. Não sei se eu seria diferente em outra situação, porque eu não sou acostumada a esforços. Imagina uma pessoa que sempre usou a comida para fugir do mundo e burlar sentimentos e ações, é claro que eu sou um tipo que funciono sobre pressão e deixo as coisas para a última hora. Não que saiam coisas ruins, mas fazê-las é uma novela.

Tanto é que estou aqui escrevendo um post.

Hoje mesmo, por ter jogo em Porto Alegre da copa, eu não tenho aula e então me programei para terminar um trabalho que devo entregar amanhã. Adivinha se eu já comecei? Não! Estou procrastinando e pensando, que saco ter que fazer isso! Seria muito mais simples eu fazer e me livrar logo disso, mas não eu tenho que arranjar uma forma de sofrer. Ai ai, masoquista!!!!

Enfim, já me programei, meu sofrimento vai durar até 14h30min. Nessa hora irei começar sem choro nem vela. E farei isso sem as guloseimas de coragem.

Outra coisa: comprei dois biscoitos da sorte para o café da tarde, quando fui olhar os ingredientes vi que tem açúcar, vou dar para alguém na rua né!

Abraço M.

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Para Hoje, 30 de junho.

Não vale a pena esgotar um dia inteiro antes que ele chegue (Sarah Orne Jewett)

Planejar com antecipação exige equilíbrio e moderação; é preciso saber quando parar. Como uma pessoas compulsiva, eu raramente ficava satisfeito em não interferir. Planejar significava me preocupar pelo dia inteiro antecipadamente.
Quanto mais pratico o programa de CCA, mas me torno adepto de viver um dia de cada vez. Não é sempre fácil saber quanto planejamento preciso fazer, mas tenho uma boa regra. Quando começo a me preocupar e a me desgastar para fazer com que as cosias sejam exatamente como desejo, eu paro. O alívio por me desligar, por entregar a responsabilidade pelas consequências do amanhã, é infalível.

Para hoje: mais que qualquer coisa, quero a liberdade que vem com a renúncia ao controle. Planejo e preparo, mas não chego a decidir com algo se resolverá.